Nesse princípio somos convidados a refletir que tudo que existe pode ter gênero: os animais, as plantas, os seres humanos e até mesmo os planetas que são representados pelos arquétipos. Aqui não estamos fazendo menção a expressão sexual (hetero, homo, bi, trans etc.), mas sim às forças que regem o universo. Toda criação deriva de uma força masculina e feminina. A palavra “gênero” vem de “generare” que significa criação. Assim sendo a “criação” vem do gênero que se manifesta no aspecto masculino e no aspecto feminino.
Esse princípio não se relaciona apenas com aquilo que se reproduz fisicamente, contudo ele se encontra em outros planos como o plano da mente, do espírito e da natureza. Quando entendemos e interiorizamos esse fato, que todos nós possuímos os dois aspectos, podemos compreender que a fecundação de uma ideia, por exemplo, possui esses dois aspectos. Uma nova ideia pode ser relacionada ao espermatozoide (masculino) e a nossa mente ao receptáculo onde essa nova ideia será desenvolvida (feminino).
Quando não aceitamos a existência de ambos dentro de nós acabamos nos polarizando, nos oprimindo, visto que isso não tem nada a ver com orientação sexual. Precisamos entender isso a fim de que a vida aqui na Terra faça sentido. Tudo precisa ser “fecundado” para gerar vida, e entenda essa vida como um projeto, um relacionamento, um trabalho etc. Precisamos da criatividade (feminino) e da ação (masculino) para gerar, criar ou regenerar algo. Esses dois aspectos tem que estar harmonizados em nós. Nada é totalmente masculino ou totalmente feminino, em tudo encontramos um pouco de cada e somos completos dessa forma.
As essências florais que eu recomendaria para esse aprendizado são aquelas onde as contrapartes femininas e masculinas precisam ser harmonizadas, para trabalhar o conceito de pecado, de culpa, auto desgosto. Essências para trazer a serenidade quando a alma experimenta dificuldades ao lidar com as forças sexuadas.
